Templos, cores, cheiros, muuuuita gente, charme, mistério, magia, volta ao passado, ahh .. Incrível Índia ...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

BHAGAVAD GITA - भगवद्गीता


           Segundo os Vedas, o cosmos material se manifesta em ciclos de quatro eras: Satya, Treta, Dvapara e Kali. A era de Satya é caracterizada pelas boas virtudes e todos os seres humanos que vivem na Terra são repletos de qualidades divinas. Na era de Treta, há um declínio das virtudes e a Terra passa a abrigar ao mesmo tempo seres divinos e seres demoníacos. Na era de Dvapara, o aumento da irreligião e da impiedade se acentua e o divino e o demoníaco passam a viver na mesma família. Finalmente, na era de Kali, ou era das trevas, há um predomínio total de irreligião, hipocrisia e desavenças, e a natureza divina e demoníaca habitam lado a lado no mesmo corpo.
            Desse modo, foi há cinco mil anos, entre o final da era de Dvapara e o começo da era de Kali, que a Pessoa Suprema, Bhagavan Sri Krishna, veio à Terra e transmitiu para Arjuna este conhecimento sublime do Bhagavad-gita, removendo, assim, todas as suas dúvidas, ansiedades e lamentações. O cenário do Bhagavad-gita foi o campo sagrado de Kurukshetra, minutos antes da batalha mais violenta já registrada pela história dos últimos tempos. Naquela época, a Terra e seus habitantes estavam sendo atormentados pela influência perturbadora de indivíduos materialistas e cobiçosos e, como é confirmado no Capítulo Quatro do próprio Bhagavad-gita, em tais situações, o próprio Senhor sempre desce a este ou qualquer outro planeta para eliminar os elementos indesejáveis e proteger diretamente as pessoas piedosas.
             Sendo um companheiro eterno do Senhor Krishna, o guerreiro Arjuna está sempre livre de qualquer classe de ilusão. Entretanto, ele foi colocado em ilusão pessoalmente pelo Senhor, porque o Senhor desejava transmitir os ensinamentos do Bhagavad-gita para as futuras gerações. Desse modo, representando o papel de uma pessoa absorta em sofrimento material, Arjuna pôde formular perguntas relevantes sobre os verdadeiros problemas da vida.

Chandramukha Swami  

domingo, 12 de junho de 2011

VEDAS वेद

                             Lord Brahma receives the Vedas from Lord Hayagriva
         
          Os Vedas é o livro mais antigo dos “Livros de Conhecimento” Hindu. A palavra “vedas” tem como tradução primária “sabedoria”, mas também pode ser traduzida como “livros”. Ela vem da raiz “vid”, que significa “conhecer, saber”. Assim, a tradução mais usada é a de “sabedoria”. A tradição milenar hindu nos diz que o texto foi revelado por Deus, não tendo um autor humano. No entanto, é dito também que foi o sábio chamado Krishna Dvapayana Vyasa quem compilou os ensinamentos nos moldes encontrados atualmente. Posteriormente ele passou a ser conhecido como Veda Vyasa. Ele foi contemporâneo do Avatar Krishna e teria vivido entre 4000 A.C. e 3500 A.C.

           Os Vedas são compilações de vários mantras percebidos pelos antigos Rishis (sábios realizados) durante suas meditações e estados de comunhão divina (samadhi).
           Mesmo os Avatares como Rama e Krishna se referem aos Vedas como sendo a fonte última da Sabedoria.

           Por causa dessa peculiaridade de não possuir um autor terreno e de ser considerado como uma revelação divina, os Vedas são chamados de “Shruti”, que significa “o que foi ouvido”, denotando mais uma vez o seu caráter transcendental.
         Segundo conta a tradição, os Rishis viram os mantras em estados de meditação profunda e, num trabalho árduo, transcreveram os mantras. É dito que toda a linguagem sânscrita advém desses estados de comunhão divina. Por isso, o seu alfabeto passou a ser chamado de Devanagari ou “Escrita Divina”.

           O termo “Rishi” pode ser traduzido como “Vidente da Verdade” ou também como “mantra drastha” ou “Aquele que vê o Mantra”.

FLOR DE LÓTUS





          A planta, que também é conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado e lótus-da-índia, é da família das ninfáceas (mesma família da vitória-régia), nativa do sudeste da Ásia (Japão, Filipinas e Índia). 
         
          Na Índia, a imagem da flor está relacionada à criação do universo. Repare nas gravuras indianas, os deuses costumam aparecer sentados ou em pé sobre a flor, como é o caso das representações de Ganesha, Lakshmi e Shiva.
Você também já deve ter ouvido falar da posição de Lótus na Yoga. Nesta ásana (postura) a pessoa se senta com as pernas cruzadas e entrelaçadas, mantendo a coluna ereta e as mãos pousadas sobre os joelhos.
Muitos monges e budistas em práticas meditativas imaginam flores de lótus surgindo debaixo de seus pés enquanto andam, assim estariam espalhando o amor e a compaixão de Buda simbolizados pela flor.
         
          Simbologias a parte, saiba que a flor é enigmática até para a ciência. Há algumas curiosidades sobre a planta pesquisadas pela botânica que procura descobrir, por exemplo, porque as folhas da flor de lótus são autolimpantes, repelindo poeira e microorganismos.


           Existe uma interessante história sobre a Flor de Lótus, leia-a no endereço abaixo:
          
           http://www.viacapella.com.br/portal/lotus.htm

quinta-feira, 9 de junho de 2011

TRÂNSITO

          Andei de táxi e rickshaw quando estava na Índia e.... me diverti muito com o trânsito caótico existente por lá. Buzinas too much, uma confusão de carros, ônibus, rickshaws, gente e ás vezes até animais. Durante alguns passeios que fizemos, teve momentos em que eu pensava que poderia acontecer algum acidente, mas... no fim tudo dava certo. Não me assustei, pois já sabia que a coisa funcionava assim, perguntei se aconteciam acidentes e o motorista me respondeu que acontecia, mas não com tanta frequência.Vibrava cada vez que conseguíamos sair de um engarrafamento. O mais curioso e admirável é a paciência dos motoristas, não vi nenhum xingando ou parando o carro para "tirar satisfações". Eles sinalizavam com a mão ou com a buzina. Isso me levou a reflexões, mas ainda não consegui encontrar nenhuma explicação. Quem vive aqui no Brasil e conhece o trânsito de São Paulo ou de outras grandes cidades, sabe do que estou falando.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

RIO GANGES गंगा

          Jawaharlal Nehru, em seu livro Descoberta da Índia, atribui ao rio diversos significados simbólicos: "O Ganges, acima de tudo, é o rio que manteve cativo o coração da Índia e atraiu incontáveis milhões às suas margens desde a alvorada da história. A história do Ganges, de sua fonte ao mar, dos tempos antigos aos modernos, é a história da civilização e da cultura da Índia, da ascensão e queda de impérios, de cidades grandes e orgulhosas, de aventuras do homem."

          Uma antiga e interessante história hindu conta que, certa vez, Ganga – a deusa das águas – regava os jardins do céu dos deuses. Como seus poderes purificadores eram também necessários aqui, para nutrir a terra e remover o sofrimento, a fome, as doenças, as impurezas e as cinzas dos mortos, Ganga aceitou auxiliar a raça humana. Mas o impacto de sua vinda à Terra teria causado uma grande catástrofe. Então, o poderoso deus Shiva interveio. Em Gangotri – lugar sagrado no Himalaia onde nasce o rio Ganges –, Shiva pegou o rio Ganga pelos cabelos, amortecendo sua chegada na terra, canalizou-o na forma de milhares de riachos. A queda esplendorosa da nascente do rio Ganges, no Himalaia, é uma lembrança de sua descida conturbada.

           Pelo seu importante significado e pela sua localização geográfica, quase toda a populosa nação indiana considera o rio Ganges, ou Ganga, como uma das suas divindades mais poderosas. Ao abençoar o subcontinente com um grande volume de água, o rio nasce abundante dos picos das montanhas mais altas do mundo e cobertas de gelo – o Himalaia –, nutrindo e fecundando as vastas planícies áridas do norte da Índia; sem ele, toda a região seria completamente infértil. Passando por entre as planícies quentes do norte, o rio Ganges percorre uma distância de 2.500 km até alcançar as margens da Baía de Bengala.

           Embora a Índia possua muitos outros rios sagrados, é o Ganges que nasce na “terra dos deuses”, dos picos mais altos do Himalaia, conhecidos como “Dev Bhoom”, e flui pelo coração do país e, por isso, é considerado o rio da vida e da purificação. Acredita-se que a visita às fontes “sagradas” do rio Ganges traga bênçãos e prosperidade aos peregrinos.


Gilberto Coutinho

          
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