Templos, cores, cheiros, muuuuita gente, charme, mistério, magia, volta ao passado, ahh .. Incrível Índia ...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

KRISHNA

          É um dos deuses mais popular e amado da Índia, com maior número de templos e devotos. Possuía um apelo físico irresistível. Nos Puranas é descrito como um pastor tocador de flauta. No Mahabharata é o sábio que dá ensinamento a Arjuna no campo de batalha. Ele foi a oitava encarnação de Vishnu, o preservador do Universo. Ele incorporou a forma humana para redimir as ações das forças do mal. Krishna nasceu em Mathura, e mais tarde tornou-se rei na cidade de Dwaraka, foi personalidade de muita influência no Mahabharata (o mais antigo texto sagrado da Índia). Ele é sempre visto tocando uma flauta, com a qual encanta todas as criaturas vivas. É conhecido, também, como Govinda, Syamasundar ou Gopala, o protetor das vacas. Sua beleza era insuperável, encantando até mesmo inúmeros cupidos. Ele ficou conhecido por sua força invencível, sua enorme riqueza e por suas dezesseis mil cento e oito rainhas. Seus ensinamentos estão contidos no livro Bhagavad Gita, considerado pelos mestres como a essência do conhecimento védico, que retrata um diálogo entre Krishna e seu discípulo Arjuna, na famosa batalha de Kurukshetra. Sua vida está dividida em três fases:
  •           Krishna nasceu em uma prisão em Mathura, onde seus parentes foram presos por um demônio que tomou o lugar de um rei chamado Ugrasena. Ele nasceu á meia noite do oitavo equinócio do Bhadrapada (Agosto/Setembro) e foi trazido pata Vrindavan por Vasudeva (pai de Krishna) na mesma noite. Foi criado por uma família de pastores de vacas de Yashoda e Nanda Raja. O menino cresceu sendo pastor de vacas.
  •            Jovem, então, conquistou todas as garotas da vila com sua boa aparência, charme e atenção. Apesar de Radha ser sua favorita, ele flertou com as outras gopis também. Em Brajbhoomi encontrou Radha pela última vez.
  •            Já, adulto, Krishna passou seu reinado no nordeste da Índia. É narrado no Mahabharata, que ele ajuda Arjuna, servindo como seu condutor de carroça e auxiliando-o em uma guerra para restituir seu direito de reinar. Assim, durante uma noite antes da batalha decisiva, Krishna e Arjuna tiveram uma longa conversação a respeito da natureza do dharma e do cosmos. No final ele se mostra a Arjuna como Vishnu. A história é narrada nos templos de Vishnu e no festival anual de Ras Lila.

sábado, 10 de dezembro de 2011

RAMAYANA

      
         
          Valmiki Rishi (rishi = sábio) vivia nos Himalayas executando severas austeridades em meditação. Chegou a um ponto em que todo o seu corpo foi envolvido por um formigueiro, mas isso não incomodou o asceta, que, mantinha-se indiferente a esses desconfortos que afligiam seu corpo. Devido à sua austeridade e concentração, ele chamou a atenção dos semi-deuses, que pediram ao semi-deus Indra que o visitasse e descobrisse o propósito de sua meditação, visto que ele já influenciava todo o planeta com sua meditação.
          Indra compareceu à presença de Valmiki. Após trocarem reverências, Indra indagou a Valmiki qual seu propósito em executar austeridades tão severas. Valmiki informou a Indra que desejava obter todo o conhecimento dos Vedas. Indra apontou para ele três montanhas ao longe, depois pegou três punhados de terra do solo e explicou a Valmiki Rishi que as montanhas eram como os Vedas e os punhados de terra eram como o conhecimento obtido até então pelo sábio.
           Certamente que é impossível para alguém conhecer todo o conteúdo dos Vedas, mas que Valmiki (com o pouco que aparentemente sabia) já era comparável com a  maioria dos grandes rishis ou sábios. Melhor seria parar de meditar e começar o ensino dos Vedas para o benefício das pessoas em geral, pois ele já tinha suficiente conhecimento obtido em suas três vidas anteriores. Assim Valmiki, em obediência a Indra, desceu os Himalayas e fundou seu ashram (eremitério ou mosteiro), ou ainda, sua academia de ensino aos pés dos Himalayas, onde compartilhava o conhecimento védico com seus alunos, dos quais Bharadwaja era o mais íntimo e se tornaria o mais famoso dentre seus discípulos.
          Valmiki Rishi é conhecido como o Adi-kavi (Poeta Primordial), pois foi ele o primeiro a compor toda uma narrativa épica na forma de versos. Como um grande sábio, Valmiki Rishi tinha seu mosteiro próximo ao Rio Tamasa, num local de colinas e florestas verdejantes, não muito distante do Sagrado Ganges, onde vivia, cultivava e ensinava o conhecimento dos Vedas juntamente a seus discípulos. Devido à sua pureza e ascese um dia ele foi visitado também pelo Grande Sábio Narada Muni, que é uma personalidade tão exaltada, que pode viajar por todo o Universo Material, bem como nos infinitos Universos da Esfera Espiritual. 
          
          Narada Muni é o Sábio Santo que viaja em todas as esferas da  criação, ensinando e cantando as glórias do Senhor Supremo, motivado pela compaixão à todas as entidades viventes e impulsionado pelas ondas sonoras produzidas por seu instrumento musical, a Vina.
Após receber dignamente o grande Narada e prestar-lhe as devidas reverências, Valmiki propôs-lhe a seguinte pergunta.
          "Meu querido e reverenciado Narada, ó maior entre os sábios, diga-me por favor, - Quem é aquele que (possivelmente) pode ser pleno de todas as virtudes nesse mundo ? Que é possuidor de toda perícia e conhece o que é correto? Que é consciente acerca dos deveres e responsabilidades a serem executados, veraz em seu falar e firme em suas resoluções? Quem é essa pessoa que seja correto em sua conduta, que tenha todo o conhecimento, que seja amigo e amável para com todos os seres vivos, e que, ao mesmo tempo seja poderoso e de aparência extremamente louvável? Que seja cheio de esplendor, e adorado até pelos deuses? Por favor, Eminente Sábio Narada, humildemente eu peço, fale-me dessa pessoa, se é que ela possa existir . . ."
          O Grande Sábio Narada Muni, que possui conhecimento sobre Toda a Verdade, e que está além do nascimento e da morte, ao ouvir os apelos de Valmiki Rishi, em grande deleite espiritual falou as seguintes palavras: "Ouça, Ó Melhor entre os Ascetas, considerando seu apelo, eu descreverei com alegria sobre as glórias desse herói. Alegre-se em ouvir de mim, sobre tal Pessoa, dotado de todas essas múltiplas e raras qualidades que você acabou de descrever . . . Existe (sim) um descendente da Dinastia do grande Iksvaku, conhecido por todos pelo nome de Rama. Ele controla sua mente por completo, é poderoso, radiante e determinado, possui o conhecimento sobre todas as Ciências, é conhecedor dos Vedas e do propósito dos Vedas, é justo, nobre, benevolente e o melhor amigo de todos os seres viventes. Ele mantém todos os universos, é belo, forte e poderoso, é uma réplica de Sri Vishnu; ainda assim, Ele é muito simples e seu sorriso encanta a todos, pois Ele é inigualável e inesquecível, para todos que O conhecem . . ."
          E assim, o Grande Sábio Narada Muni, contou ao Sábio Valmiki Rishi sobre a vida e extraordinários feitos de Sri Rama. Depois disso, Narada Muni terminou sua narrativa, recebeu as devidas reverências de Valmiki, abençoou-o e desapareceu tão de repente como se fosse o flash de um relâmpago, numa tempestade sobre o mar.
            Passados alguns dias, o sábio se caminhava com seus discípulos ao Rio Tamasa, para fazerem suas abluções, orações, meditarem e tomarem seus banhos matinal; descendo pelas margens do rio, foram até uma cachoeira, onde as águas eram límpidas como a mente de um rishi. Lá, Valmiki contemplava a beleza da natureza local quando avistou um casal de pássaros animados no galho de uma frondosa árvore, prestes a copular, em pleno fogo da paixão.  Neste momento, um membro de uma tribo primitiva, lançou sua flecha atingindo em cheio o macho, que caiu ruidosa e mortalmente ferido ao chão. A fêmea deu um grito de lamento e tristeza ao ver seu parceiro caído, peito dilacerado, dando seu último suspiro. Valmiki estava chocado com a crueldade do caçador, pois as aves estavam felizes, na expectativa de iniciarem uma família. Por isso o Rishi pronunciou as seguintes palavras: "Que você, ó mais baixo dos homens, não tenha paz em sua mente até o final dos tempos. Sua crueldade é tão grande, pois você foi capaz de matar uma das aves, no exato momento em que estavam tomadas pela felicidade e paixão". Imediatamente Valmiki, que era um sábio auto-controlado, maravilhou-se de que ele próprio tivesse proferido tais palavras. Então, com o propósito de minimizar uma possível maldição, ele confidenciou aos seus discípulos: "O que eu acabei de falar, é apenas o exemplo de uma estrofe poética, construída segundo a métrica de oito linhas e que pode ser recitada de forma melodiosa, não devendo, portanto, ser entendido como nada além disso". 
              Pouco depois, o Senhor Brahma, o engenheiro criador do Universo, visitou o eremitério do Rishi Valmiki que o recebeu com grande reverência e emoção. Após observar as regras de etiqueta prescritas nas Escrituras para a recepção de grandes personalidades espirituais, Valmiki, abençoado pelo Senhor Brahma, narrou o episódio sobre as aves e de seu receio em ter amaldiçoado um caçador ignorante. O Senhor Brahma sorrindo falou-lhe as seguintes palavras: "Oh jóia entre os eremitas, não mais pense sobre isso. Asseguro-lhe que nada acontecerá àquele caçador. Que a estrofe que você proferiu, seja utilizada como modelo para que você descreva as glórias do divino Senhor Rama, exatamente como você ouviu do Grande Narada Muni. Eu lhe dou o poder para que toda a gloriosa vida do Senhor Rama seja revelada em sua mente, e que tudo que você escreva seja a mais pura expressão da verdade. E que isso seja para o benefício de toda a humanidade e perpetue a sua glória, ó melhor dos videntes."
              Assim o grande Rishi Valmiki, tomou como o dever de sua vida escrever em forma poética o Ramayana, o grande épico composto em 24.000 slokas (versos), distribuídos em 7 skandas (livros), escrito em Sânskrito, utilizando uma linguagem refinada, de um lirismo dos mais sublimes e que narra a gloriosa e divina presença do Senhor Ramachandra, descrito como a própria encarnação de Sri Vishnu. Valmiki Maharishi (maha = grande, rishi = sábio) estava constantemente ocupado em compor os 24.000 versos que descrevem as glórias do Senhor Ramachandra.

         

MEDICINA AYURVÉDICA - DOSHAS





         

          O dosha Vata, espaço e ar, é frio, leve, seco, móvel e rápido, atua principalmente nas funções excretória e nervosa. No tubo digestivo localiza-se no intestino grosso. Vata desequilibrado ou patológico gera um quadro clínico relacionado ao aumento de espaço e ar (movimento) no nosso corpo físico: secura, frio, perda de peso, inquietação, gases, prisão de ventre, ansiedade, medos, depressão e insônia. Algumas doenças relacionadas ao dosha Vata: fibromialgia, artrose, dores em geral, problemas de coluna, cefaléia, constipação, flatulência, colite, síndrome do intestino irritado, síndrome bipolar, doença de Parkinson, demência senil.
            O dosha Pitta, fogo e água, é quente, moderado e oleoso ( úmido), atua principalmente na função metabólica e digestiva. No tubo digestivo localiza-se no estomago e duodeno ( intestino delgado). Pitta desequilibrado ou patológico promove um quadro clínico relacionado ao aumento de fogo e água ( calor e umidade) no nosso corpo físico: azia, queimação abdominal, fezes soltas, calor no corpo, aumento da sudorese ( suor), pele sensível e vermelha, olhos vermelhos, irritabilidade e agressividade. Algumas doenças que podem estar relacionadas ao dosha Pitta: gastrite, ulcera digestiva, regurgitação, diarréia, hepatite, inflamações, acne, crises de fúria e ciúmes, climatério e menopausa, enxaqueca e estresse exacerbado.
            O dosha Kapha, água e terra, é pesado, oleoso ( úmido), frio e lento, atua na função estrutural e de lubrificação dos tecidos. Kapha desarmônico ou patológico gera um quadro clínico relacionado ao aumento de água e terra no nosso corpo físico: peso corporal aumentado, lentidão, preguiça, oleosidade, secreções, embotamento mental. As doenças que podem estar relacionadas ao dosha Kapha: obesidade, diabetes, aumento do colesterol, bronquite, sinusite, tosse com secreção, alergias respiratórias, lentidão em todas as funções físicas e mentais e apego exacerbado.




          O Ayurveda é uma medicina complexa e completa e utiliza diversas ferramentas terapêuticas para equilibrar os doshas: massagem ayurvedica, óleos medicinais, dieta, rotina diária de hábitos saudáveis, oleação e sudação ( purvakarma), fitoterapia ( uso terapêutico das plantas medicinais), terapias purificadoras ( panchakarma), medicamentos com metais, minerais e pedras preciosas ( rasa shastra), recomendação de atividade física, prática de yoga e meditação.
             Descubra o seu dosha: 

domingo, 4 de dezembro de 2011

KASHMIR


         
          A Caxemira é uma região do norte do subcontinente indiano, hoje dividida entre a Índia e o Paquistão. Uma parte foi anexada pela China. O termo "Caxemira" (pode significar, "terra sem água" ou terra desidratada, Ká = água e Shimeera = secar) descrevia historicamente o vale ao sul da parte mais ocidental do Himalaia. Politicamente, no entanto, o termo "Caxemira" descreve uma área muito maior, que inclui as regiões de Jammu, Caxemira e Ladakh. O nome Caxemira tornou-se sinónimo de tecido da alta qualidade, devido à lã de caxemira produzida a partir das cabras nativas.
           Atualmente localizada no norte do subcontinente indiano, a Caxemira é disputada por Índia e Paquistão desde o fim da colonização britânica. As tensões na região têm início com a guerra de independência, em 1947, que resulta no nascimento dos dois Estados - a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, muçulmano. Segundo uma resolução da ONU datada de 1947, a população local deveria decidir a situação política da Caxemira por meio de um plebiscito acerca da independência do território. Tal plebiscito, porém, nunca aconteceu, e a Caxemira foi incorporada à Índia, o que contrariou as pretensões do Paquistão e da população local - de maioria muçulmana - e levou à guerra de 1947 a 1948. O conflito termina com a divisão da Caxemira: cerca de um terço fica com o Paquistão e o restante com a Índia.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

RAMAKRISHNA


          Sri Ramakrishna (1836-1886) é considerado um grande santo e místico da Índia moderna. Sua vida foi um testemunho da verdade e da universalidade dos princípios espirituais, assim como da pureza e do amor. Nascido em Kamarpukur, uma aldeia próxima a Calcutá, desde criança demonstrou uma grande inclinação para a vida espiritual. Como um jovem sacerdote de um templo em Dakshinewsar (Calcutá), Ramakrishna mergulhou em intensas práticas espirituais e profundas meditações, tomado por um forte anelo por Deus e pelo anseio da comunhão divina.
        Vivia constantemente absorto em Deus. Em seus freqüentes êxtases espirituais, alcançava o sublime estado de união com a Infinita Realidade. Para ele, o ensinamento védico da unidade da existência era mais que uma teoria, pois realizou essa verdade pela percepção direta.
          Ramakrishna trilhou diferentes caminhos religiosos dentro do hinduísmo. Praticou depois o islamismo e mais tarde meditou profundamente em Cristo, experimentando a mesma divina Realidade também através destes caminhos não-hindus. 
       Assim, chegou à conclusão, baseada na experiência direta, de que os diversos caminhos religiosos, quando seguidos com sinceridade de coração, conduzem à mesma e única Realidade. Via Deus em tudo e em todos. Seu amor pela humanidade não conhecia limites. Dizia, com freqüência, que os seres humanos eram as mais elevadas manifestações de Deus. Seus discípulos, muitos deles jovens estudantes universitários de Calcutá, foram os primeiros a sentir e a compreender esse amor. A Ordem Ramakrishna, inspirada nesse sentimento, tem como um dos seus mais importantes ideais servir a Deus no homem.
          "É pela vontade de Deus que diferentes religiões e opiniões vieram à existência. Deus dá à diferentes pessoas o que elas podem digerir."

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

BHASKARA

         

         
                                                      Bhaskara (1114 - 1185)

          Bhaskara nasceu em 1114 na cidade de Vijayapura, na Índia. Também era conhecido como Bhaskaracharya . Ele não deve ser confundido com um outro matemático indiano que tinha o mesmo nome Bhaskara e que viveu no século VII.
Naquela época, na Índia, os ensinamentos eram passados de pai para filho. Havia muitas famílias de excelentes matemáticos. O pai de Bhaskaracharya era astrônomo e, como era de se esperar, ensinou-lhe Matemática e Astronomia.
Bhaskaracharya tornou-se chefe do observatório astronômico de Ujjain - na época, o centro mais importante de Matemática, além de ser uma excelente escola de matemática astronômica criada pelos grandes matemáticos que ali trabalharam.
Bhaskaracharya foi um dos mais importantes matemáticos do século XII, graças aos seus avanços em álgebra, no estudo de equações e na compreensão do sistema numérico - avanços esses que os matemáticos europeus levariam séculos ainda para atingir. Suas coleções mais conhecidas são: Lilavati que trata de aritmética; Bijaganita que discorre sobre álgebra e contém vários problemas sobre equações lineares e quadráticas com soluções feitas em prosa, progressões aritméticas e geométricas, radicais, ternas pitagóricas entre outros tópicos; Siddhantasiromani, dividido em duas partes: uma sobre matemática astronômica e outra sobre a esfera.
Em suas obras podemos perceber que Bhaskara trabalhou com equações de segundo grau e formulou uma expressão que envolvia raízes quadradas:
Ele sabia que a equação tem duas raízes, entretanto não parece ser verdade que tivesse encontrado a conhecida fórmula da resolução de equação do 2º grau:
, então .


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DIWALI FESTIVAL


           Na Lua Nova do mês de Outubro até a Lua Nova de Novembro é realizado o FESTIVAL DIWALI ou DIPAVALLI, também conhecido como FESTIVAL DAS LUZES. É a maior celebração da Índia, as casas são pintadas com antecedência por acreditar-se que LAKSHIMI, a deusa da Riqueza e da Prosperidade, visita e abençoa as casas limpas e iluminadas, de forma que cada um procura acender o maior número de lâmpadas e velas para a Prosperidade entrar na sua casa. LAKSHIMI, a deusa da Fortuna é adorada e reverenciada por todos, principalmente pelos empresários e comerciantes. Belíssima, a sua beleza é comparada com a de Vênus, como também é considerada a esposa ideal pelo seu amor e dedicação. Sua imagem é sempre representada sobre uma flor de lótus, símbolo da pureza e tem uma das mãos levantada em postura de bênçãos de prosperidade. Ela é considerada o aspecto feminino de Deus em todas as suas manifestações.
         ...
http://www.caminhosdeluz.org/A-357.htm

sábado, 22 de outubro de 2011

INCREDIBLE ÍNDIA

                  Um olhar sobre a Índia e a beleza de suas cores mágicas!!

SHIRDI SAI BABA







          "Vê DEUS em todos os seres,  porque cada ser é um aspecto do mesmo Deus,  seja um pássaro,  um animal,  ou um ser humano.  Todos têm uma alma divina".

           Sai Baba apareceu,  pela primeira vez,  na floresta de Shirdi,  no Maharashtra,  no oeste da Índia,  em 1870,  mas ninguém sabe onde ele nasceu.  Imediatamente  ele foi reconhecido como uma pessoa extraordinária por todos aqueles que se entrevistavam com ele.  Ele viveu só,  mendigando sua comida e seu óleo.  Tudo que se sabe dele e de seus ensinamentos,  de suas ações,  dos milagres que realizou,  pode ser exemplificado pelas lâmpadas de óleo: ele mendigava habitualmente o óleo de suas lâmpadas num mercado.          
          Um dia os mercadores não lhe deram óleo.  Depois eles o seguiram discretamente até a mesquita onde ele vivia só.  Lá,  ele acendia as lâmpadas...com água!  Diante desse milagre,  as pessoas presentes passaram a acreditar nele.  Em seguida,  ele se pôs a curar as doenças e deu alegria a seus discípulos.  Seus numerosos milagres atestaram sua onipresença.
          Ainda que as religiões muçulmana e hindu se contradissessem e se arrastassem a novos conflitos,  Sai Baba tentava reconciliá-los dizendo-lhes: "Deus é um.  Vocês o chamam por diferentes nomes.  RAM e RAHYM (em árabe,  misericordioso) são o mesmo DEUS.  Não briguem por isso.  Amem-se uns aos outros.  Sigam a sua religião que é única e busquem a verdade".
          “Meu Mestre disse-me para dar generosamente tudo aquilo que as pessoas pedissem. Ninguém pede as coisas com sabedoria. Meu tesouro está aberto. Ninguém traz qualquer veículo a fim de levar os reais tesouros. Eu digo que cavem e procurem. No entanto, ninguém quer se esforçar para isso. Sejam os verdadeiros filhos da MÃE DIVINA e aprimorem-se. O que acontecerá conosco? Esse corpo voltará à Terra e o ar que respiramos se fundirá com o ar. Essa oportunidade não voltará”.

           A vida de Sai Baba é cercada de muito mistério, no que concerne à sua procedência, filiação, nome, idade e religião.

           Ele apareceu em Shirdi, sem que ninguém soubesse de onde havia vindo e nem qual era exatamente o seu nome. Primeiramente, ficou sendo conhecido em Shirdi como o ‘faquir louco’ e, depois, como Sai Baba, porque as pessoas o saudaram dizendo-lhe: “Ya Sai”(Bem-vindo Sai). Sai significa Senhor, Mestre, Deus ou faquir. Daí em diante, esse foi o seu nome. Ao chegar em Shirdi, ele procurou estabelecer-se num templo hindu. Todavia, um sacerdote aconselhou-o que ficasse numa mesquita que estava abandonada. Sai Baba não discriminava nem os hindus e nem os muçulmanos. Quando os muçulmanos reclamaram que os hindus iam à mesquita e o saudavam com lâmpadas de fogo (aarti), Sai Baba disse: “por que motivo eu não permitiria que os hindus fizessem isso? Se os hindus veneram um muçulmano não há qualquer perda para o islã, mas apenas para o hinduísmo”. 
           Viveu numa mesquita (Masjid) abandonada e ali recebia as pessoas. Apesar de sua provável ascendência hindu, ele gostava muito de louvar o nome de Deus com o Mantra em árabe Allah Malik (Deus é o Rei) e fazia com que os outros repetissem o nome de Deus, continuamente, dia e noite, durante 7 dias. Isso é chamado de Namasaptaha.

           Sai Baba falava muito pouco sobre si mesmo, mas declarou que: “sou um brâmane nascido em Pathri e quando eu era muito jovem, meus pais me entregaram a um faquir a fim de ser educado por ele... Eu tinha oito anos, quando meus pais levaram-me até o Gânges. Depois vim para Shirdi… Por que razão vocês não podem ficar sem comer um ou dois dias? Eu vivi de comer folhas amargas durante doze anos”.

           Certa vez, um delegado de polícia perguntou-lhe seu nome, filiação, o nome de seu Guru, seu credo, sua casta e idade, Sai Baba respondeu: “chamo-me Sai Baba, que é também o nome de meu pai; meu Guru é Venkusa; meu credo é Kabir; minha casta é Parvadigar (Deus); minha idade são milhares de anos”.
Sai Baba chamava seus devotos de Ankitas (crianças) e a essência de sua mensagem a eles era de que Deus é um só, comum a todas as religiões e é apenas AMOR. 
 


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

TAARE ZAMEEN PAR -

          Taare Zameen Par (Hindi : तारे ज़मीन पर / Inglês:Like Stars on Earth/ br:Somos Todos Diferentes/Como Estrelas na Terra) é um filme indiano de 2007. Aamir Khan além de dirigir, atua no papel do professor Nikumbh. A estréia do filme nos cinemas foi em 21 de dezembro de 2007 e foi lançado em DVD em 2008 na Índia como Taare Zameen Par e em 2010 seus direitos foram comprados pela Walt Disney Home Entertainment para ser distribuído comercialmente no Reino Unido, Estados Unidos e Austrália, como Like Stars on Earth.
          Ishaan é um garoto de oito anos que não possui muitos amigos. Vive com sua família em um conjunto na Índia. Ishaan apresenta muitas dificuldades na escola, tendo sido reprovado no ano anterior. Já seu irmão é o melhor da classe,tendo sucesso nos esportes também. Após uma reunião com os professores de Ishaan, que informam aos pais que o menino não apresenta avanços na escola, eles decidem enviar o garoto a um colégio interno para que seja disciplinado e consiga êxito nos estudos. Após um período em que se torna cada vez mais triste e solitário, sofrendo severas punições dos professores, Ishaan conhece o professor Nikumbh, que além do trabalho no colégio, leciona também em um colégio para crianças com necessidades educacionais especiais. É com o trabalho realizado pelo professor Nikumbh com os outros professores e com a família de Ishaan que o garoto começa a compreender o mundo da leitura e da escrita e vê sua infância tomar um rumo diferente.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

GANDHI

          Mohandas Karamchand Gandhi (em hindi: मोहनदास करमचन्‍द गान्‍धी; em guzerate: મોહનદાસ કરમચંદ ગાંધી; Porbandar, 2 de outubro de 1869Nova Déli, 30 de janeiro de 1948), mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A Grande Alma") foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racismo, incluindo Martin Luther King e Nelson Mandela. Freqüentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mahatma_Gandhi

domingo, 18 de setembro de 2011

VIMANAS





          The vimana of Sundareswarar, called Indira Vimana, is unique. It is supported by sculptures of eight massive elephants, called ashtadigh gajas, standing and facing in eight different directions. One of them is Iravatham, the elephant-vehicle of Indra. “No other temple in Tamil Nadu has this type of architecture, where ashtadigh gajas are supporting the vimana,” said K. Sridharan, retired Superintending Archaeologist, Tamil Nadu Archaeology Department. The Indra Vimana was built by Viswanathan Nayak.

          O Império Rama existiu há pelo menos 15.000 anos atrás, no norte da Índia. Aparentemente, existiu paralelo à civilização atlante (que, pelos cálculos de Platão, deve ter sido destruída há 12.000 anos atrás). Possuía cidades sofisticadas, muitas ainda a serem encontradas no deserto do Paquistão, norte e nordeste da Índia. Algumas cidades com 5.000 anos já foram encontradas por arqueólogos, e são literalmente inexplicáveis. Numa época em que as pessoas deveriam estar vivendo em tendas (se formos nos basear pelo Egito) essas cidades já possuíam sistema de irrigação, esgoto, largas avenidas e iluminação pública. E o mais fascinante: quanto mais escavam, mais encontram vestígios de outras cidades, ainda mais antigas, e ainda mais modernas! Infelizmente os pesquisadores se defrontaram com um lençol d'água e não podem cavar mais.

As sete grandes capitais do Império Rama são conhecidas nos textos Védicos como As sete cidades Rishi.
De acordo com os textos, esse povo utilizava-se de máquinas voadoras que eram chamadas de Vimanas. Ele voava na "velocidade do vento" e produzia um "som melodioso". Decolavam verticalmente e podiam pairar no ar, como um helicóptero. Havia pelo menos quatro tipos diferentes de Vimanas: Um dos tipos é descrito exatamente como imaginamos um disco voador "clássico": circular, com portinholas e um domo. Outros em forma de pires, e outros ainda como um longo cilindro (em forma de cigarro). Todos batem exatamente com descrições de discos voadores feitas no mundo todo, por pessoas que com certeza desconhecem os Vedas.
Os textos antigos sobre os Vimanas são muitos, e envolvem desde a construção de um Vimana até manuais de vôo dos vários tipos de naves, alguns dos quais foram traduzidos para o inglês.
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http://www.saindodamatrix.com.br/archives/vimanas.htm


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

DESERTO DE THAR - RAJASTÃO

           À beira do deserto de Thar, Jaisalmer parece miragem
             À medida que o viajante se desloca para o oeste a partir de Pushkar, a paisagem fica árida e a sensível fronteira com o Paquistão se aproxima.

             Nesse canto remoto da Índia está um de seus destinos mais exóticos: a vila de Jaisalmer. Sua cidadela totalmente construída de arenito mimetiza-se à paisagem ao redor e representa para muitos a quintessência do Rajastão. A localização à beira do grande deserto de Thar aumenta o apelo.
 
              No deserto do Thar podemos apreciar uma das mais sensuais danças do Rajastão. Kalbelia é o nome desta forma de dança representada pela tribo cigana com o mesmo nome. A principal ocupação desta tribo era no passado, a captura e comercialização de cobras e do seu veneno.Numa representação da sua rotina diária estas danças assimilaram os movimentos deste animal. Esta tribo, seguidora da religião hindu, e também conhecida como Sapera ou Jogira. O maior número desta população pode ser encontrado nos distritos indianos de Pali, seguido de Ajmer, Chittorgarh e Udaipur.
              As danças Kalbelia são, hoje mundialmente conhecidas, é uma forma de celebracção de momentos de alegria desta comunidade cigana partilhados por quem visita o deserto do Thar, no estado indiano do Rajastão.
 
 

sábado, 3 de setembro de 2011

RAKHI - RAKSHA BANDAN - Dia do irmão


          O “Dia dos Irmãos e Irmãs”, data comemorada tradicionalmente na Índia, com rituais que evocam o amor e os laços familiares, foi lembrado, no dia 16 de agosto, pela Câmara de Comércio Brasil-Índia, na sede da União Cultural Brasil Estados Unidos, apoiadora do evento. Participaram do evento cerca de 300 pessoas. Na Índia, essa celebração é conhecida como “Rakhi Day”, na qual os indianos aproveitam a oportunidade para exprimir seus sentimentos e comemorar a lealdade, a confiança e a amizade. A solenidade foi realizada pela primeira vez no Brasil.
          Rakhi” é o nome dado à pulseira sagrada que as mulheres amarram no pulso de seu irmão durante a celebração, simbolizando o vínculo entre eles. Na sua origem, ela é feita com um fio de seda e pode também ter fios de ouro e prata, decorados com pequenas pedras valiosas.
Na Índia, o ritual é realizado num período considerado sagrado, que coincide com o fim de julho e começo de agosto, conhecido como “mês de shravan”. O ritual fortalece os laços entre irmão e irmã e aumenta a confiança na família. Quando a pulseira é amarrada no pulso de vizinhos ou amigos próximos, ela passa a idéia da busca por uma vida com mais harmonia, onde todos vivem em paz, como irmãos.

RABINDRANATH TAGORE


                                                      Amor Pacífico e Fecundo 

                                          Não quero amor
                                          que não saiba dominar-se,
                                          desse, como vinho espumante,
                                          que parte o copo e se entorna,
                                           perdido num instante.
                                           Dá-me esse amor fresco e puro
                                           como a tua chuva,
                                           que abençoa a terra sequiosa,
                                           e enche as talhas do lar.
                                           Amor que penetre até ao centro da vida,
                                           e dali se estenda como seiva invisível,
                                           até aos ramos da árvore da existência,
                                           e faça nascer
                                           as flores e os frutos.
                                           Dá-me esse amor
                                           que conserva tranquilo o coração,
                                           na plenitude da paz!
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões

SHAPATI - pão indiano




         
            Delíciaaaaa... é perfeito com molho picante..

          Chapati é um pão típico da culinária indo-portuguesa de Goa, Damão e Diu, outrora pertencentes ao Estado Português da Índia. Dado o número elevado de goeses radicados em Moçambique, é também um pão comum nas mesas nesse país africano.
          Os chapatis são preparados com uma farinha de trigo integral especial, tradicional da Índia, também denominada chapati. Estes pães são normalmente consumidos no desjejum, podendo, no entanto, ser consumidos em qualquer refeição ao longo do dia, de preferência quentes, acabados de fazer.
          Para além da farinha de trigo integral,pode incluir ainda açúcar, manteiga, óleo e sal. Com estes ingredientes é formada uma massa, que é usada para formar pãezinhos achatados com cerca de 15 cm de diâmetro. Estes são depois cozinhados numa frigideira.
          Podem ser consumidos como acompanhamento de pratos de caril.

domingo, 14 de agosto de 2011

HAPPY INDEPENDENCE DAY - AUGUST 15

          O movimento pela independência da Índia no século XX centralizou-se na personalidade de Mohandas Karamchand Gandhi, chamado de Mahatma (o iluminado) por seus seguidores. Gandhi, um advogado de formação britânica, iniciou a mobilização do seu povo em favor da svaraj, a autonomia indiana, depois da 1ª Guerra Mundial, em 1919. Inspirado nas doutrinas orientais e em alguns escritores como Tolstoi e Thoreau, Gandhi optou por lutar contra o colonialismo por meios não violentos (ahimsa), apelando para a desobediência civil, para as greves, jejuns e ações de impacto, como sua marcha contra o imposto do sal realizada em 1930. Gandhi foi o único estadista do nosso século que lutou apenas com palavras e não com balas e pólvora. Em 15 de agosto de 1947, a independência da Índia foi concedida.

HAPPY INDEPENDENCE DAY - AUGUST 15


domingo, 24 de julho de 2011

UPANISHADS

       
            As Upanishads são textos indianos antigos, muitos dos quais foram escritos antes da era cristã e que estão associados aos quatro Vedas (Rig Veda, Sama Veda, Yajur Veda, Atharva Veda). 
            Brilha nos Upanishads a luz real da alma, que dissolve as brumas de maya e ilumina a viagem do Atman pela consciência de Brahman.

            O seu conhecimento glorioso está exposto nas folhas do livro, mas a sua inspiração é invisível e silenciosa, além da pobreza de percepção dos sentidos comuns.

            Os seus ensinamentos são “Brahmavidya” (conhecimento divino) e “Atmanjnana” (conhecimento do espírito).

            A chave espiritual que abre a porta real do entendimento dos Upanishads está na inspiração que mora no lótus do coração e na intuição que mora no Brahmarandra (portal de Brahma).

            A função dos Upanishads é inspirar o Atman a perceber em si e em todos os seres o Brahman manifestado; é formar uma ponte espiritual silenciosa entre os rishis e a humanidade.

            Os Upanishads são raios de Brahman cortando a noite escura da ignorância!

            Que o Atman saiba valorizar a quietude interior!

            Que as chamas de jnana (conhecimento) queimem as imaturidades do coração!

            Que o amor de Brahman seja o amor do Atman na vida cotidiana.

            Que a viagem do Atman seja serena.

Wagner Borges

sexta-feira, 15 de julho de 2011

VYASA & JAIMINI



O Guru e o Discípulo 
 
        A relação entre o Guru-mentor e o discípulo é divina, visando somente o auto-desabrochar. Eles servem um ao outro com suas capacidades e o objetivo é sempre espiritual. Durante os quatro meses de treinamento, o discípulo, através do serviço e da humildade, aprende o estilo espiritual da vida, sob a supervisão direta do mestre. O mestre trabalha para transformar a vida do estudante, removendo o ego e a ignorância. 
          
          Há uma linda história relacionada com a vida do sábio Vyasa e de seu discípulo Jaimini.
       Jaimini era um grande estudioso e um discípulo sincero de Vyasa, mas tinha orgulho de seu conhecimento intelectual. Um dia, Vyasa ditava uma escritura e Jaimini fazia anotações. Vyasa compôs um verso para sublinhar uma questão: “valavad indriya gramam panditan apakarshanti”-"os sentidos são tão poderosos que o homem de conhecimento às vezes comete erros”.  
 
          Após escutar isso, Jaimini pensou: "Não é possível. Se alguém é um homem de conhecimento, como poderia ser dominado pela tentação dos sentidos? Pelo contrário, ele os vencerá”. Pensando assim, ele modificou o verso para: "Mesmo se os sentidos são poderosos, o homem de conhecimento está livre de erros".  
 

 

               Onisciente, Vyasa não revelou nada. Ele queria ensinar ao discípulo a verdade da vida de forma diferente. Naquela tarde, Vyasa disse a Jaimini que tinha de ir fazer um trabalho urgente em um lugar distante e que ficaria ausente por vários dias. Confiou a Jaimini os cuidados com o fogo sacrifical. Então Vyasa partiu. Naquela noite, após a oração, Jaimini retirou-se para o quarto do fogo sacrifical para meditar. Fora, havia uma tempestade e chuva e um vento muito forte. Jaimini escutou alguém batendo na porta. Ele abriu a porta e viu uma jovem e bonita senhora. Perguntou o que podia fazer por ela. 

 
         Ela disse: "Estou a caminho de minha aldeia, mas não posso ir por causa da chuva e da tempestade. Você poderia me dar abrigo durante essa noite?”  Jaimini, pela hospitalidade, permitiu que ela entrasse e passasse a noite na cabana. A jovem senhora disse que não era bom que um  brahmachari (celibatário) ficasse no mesmo quarto que ela durante a noite. Assim Jaimini saiu e tentou dormir fora. 
 
        Agora começou o jogo da ilusão. Jaimini estava sentado em silêncio, mas sua mente ia para essa jovem senhora e sua beleza. Ele pensou com seus botões: “Seria bom passar a noite solitária conversando com ela. Assim ele bateu na porta e disse-lhe que estava frio fora e que seria bom ficar dentro.
 
        Ela protestou, mas Jaimini forçou a entrada. Ele tentou falar olhando-a constantemente, o que a desgostou. Lentamente seus sentidos cresciam  e poderosamente ofuscavam sua consciência. Ele se aproximou dela e a tocou, lhe disse que ficassem juntos por uns momentos, para divertir-se e terem prazer.
 
        Ela respondeu: "Você é um brahmachari, você não deveria pensar assim. Isso não está certo”. Cego de paixão ele tocou seus pés e pediu sua aprovação. Finalmente ela concordou, sob a condição de que ele se ajoelhasse como um cavalo. Então, ela se sentaria em suas costas e ele daria sete voltas junto ao fogo sacrifical. Então poderia tê-la. Jaimini concordou. 
 
      Enquanto Jaimini tentava andar como um animal com uma senhora sentada em suas costas, ela começou a murmurar o verso que Vyasa havia ditado de manhã e que Jaimini tinha modificado: “Mesmo se os sentidos são poderosos, um homem de conhecimento não comete erro”. Ao escutar isso Jaimini se deu conta de sua própria fraqueza. Ele se levantou para deixá-la, porém seus dois fortes braços o agarraram e seguraram. Não eram os tentadores braços da jovem, mas os braços de seu amado guru Vyasa.
 
         Assim, Vyasa ensinou a seu discípulo a verdade e como estar sempre cuidadoso e atento em cada passo da vida. O guru transforma a vida do discípulo para torná-lo mais espiritual e precioso.


        Que as bênçãos de Deus, de Vyasa e de todos os mestres divinos caiam sobre a vida de cada buscador espiritual e lhe dê o poder de alcançar o objetivo da vida. Com abundância de paz, êxtase e alegria, por ocasião do “Guru Purnima”, o Dia do Mestre. Que possamos oferecer a flor da devoção e do amor aos pés Divinos do Mestre e buscar sua orientação divina em cada passo de nossa vida. 

Kriya Yoga-São Paulo
 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

BHAGAVAD GITA - भगवद्गीता


           Segundo os Vedas, o cosmos material se manifesta em ciclos de quatro eras: Satya, Treta, Dvapara e Kali. A era de Satya é caracterizada pelas boas virtudes e todos os seres humanos que vivem na Terra são repletos de qualidades divinas. Na era de Treta, há um declínio das virtudes e a Terra passa a abrigar ao mesmo tempo seres divinos e seres demoníacos. Na era de Dvapara, o aumento da irreligião e da impiedade se acentua e o divino e o demoníaco passam a viver na mesma família. Finalmente, na era de Kali, ou era das trevas, há um predomínio total de irreligião, hipocrisia e desavenças, e a natureza divina e demoníaca habitam lado a lado no mesmo corpo.
            Desse modo, foi há cinco mil anos, entre o final da era de Dvapara e o começo da era de Kali, que a Pessoa Suprema, Bhagavan Sri Krishna, veio à Terra e transmitiu para Arjuna este conhecimento sublime do Bhagavad-gita, removendo, assim, todas as suas dúvidas, ansiedades e lamentações. O cenário do Bhagavad-gita foi o campo sagrado de Kurukshetra, minutos antes da batalha mais violenta já registrada pela história dos últimos tempos. Naquela época, a Terra e seus habitantes estavam sendo atormentados pela influência perturbadora de indivíduos materialistas e cobiçosos e, como é confirmado no Capítulo Quatro do próprio Bhagavad-gita, em tais situações, o próprio Senhor sempre desce a este ou qualquer outro planeta para eliminar os elementos indesejáveis e proteger diretamente as pessoas piedosas.
             Sendo um companheiro eterno do Senhor Krishna, o guerreiro Arjuna está sempre livre de qualquer classe de ilusão. Entretanto, ele foi colocado em ilusão pessoalmente pelo Senhor, porque o Senhor desejava transmitir os ensinamentos do Bhagavad-gita para as futuras gerações. Desse modo, representando o papel de uma pessoa absorta em sofrimento material, Arjuna pôde formular perguntas relevantes sobre os verdadeiros problemas da vida.

Chandramukha Swami  

domingo, 12 de junho de 2011

VEDAS वेद

                             Lord Brahma receives the Vedas from Lord Hayagriva
         
          Os Vedas é o livro mais antigo dos “Livros de Conhecimento” Hindu. A palavra “vedas” tem como tradução primária “sabedoria”, mas também pode ser traduzida como “livros”. Ela vem da raiz “vid”, que significa “conhecer, saber”. Assim, a tradução mais usada é a de “sabedoria”. A tradição milenar hindu nos diz que o texto foi revelado por Deus, não tendo um autor humano. No entanto, é dito também que foi o sábio chamado Krishna Dvapayana Vyasa quem compilou os ensinamentos nos moldes encontrados atualmente. Posteriormente ele passou a ser conhecido como Veda Vyasa. Ele foi contemporâneo do Avatar Krishna e teria vivido entre 4000 A.C. e 3500 A.C.

           Os Vedas são compilações de vários mantras percebidos pelos antigos Rishis (sábios realizados) durante suas meditações e estados de comunhão divina (samadhi).
           Mesmo os Avatares como Rama e Krishna se referem aos Vedas como sendo a fonte última da Sabedoria.

           Por causa dessa peculiaridade de não possuir um autor terreno e de ser considerado como uma revelação divina, os Vedas são chamados de “Shruti”, que significa “o que foi ouvido”, denotando mais uma vez o seu caráter transcendental.
         Segundo conta a tradição, os Rishis viram os mantras em estados de meditação profunda e, num trabalho árduo, transcreveram os mantras. É dito que toda a linguagem sânscrita advém desses estados de comunhão divina. Por isso, o seu alfabeto passou a ser chamado de Devanagari ou “Escrita Divina”.

           O termo “Rishi” pode ser traduzido como “Vidente da Verdade” ou também como “mantra drastha” ou “Aquele que vê o Mantra”.

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