Templos, cores, cheiros, muuuuita gente, charme, mistério, magia, volta ao passado, ahh .. Incrível Índia ...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

KRISHNA

          É um dos deuses mais popular e amado da Índia, com maior número de templos e devotos. Possuía um apelo físico irresistível. Nos Puranas é descrito como um pastor tocador de flauta. No Mahabharata é o sábio que dá ensinamento a Arjuna no campo de batalha. Ele foi a oitava encarnação de Vishnu, o preservador do Universo. Ele incorporou a forma humana para redimir as ações das forças do mal. Krishna nasceu em Mathura, e mais tarde tornou-se rei na cidade de Dwaraka, foi personalidade de muita influência no Mahabharata (o mais antigo texto sagrado da Índia). Ele é sempre visto tocando uma flauta, com a qual encanta todas as criaturas vivas. É conhecido, também, como Govinda, Syamasundar ou Gopala, o protetor das vacas. Sua beleza era insuperável, encantando até mesmo inúmeros cupidos. Ele ficou conhecido por sua força invencível, sua enorme riqueza e por suas dezesseis mil cento e oito rainhas. Seus ensinamentos estão contidos no livro Bhagavad Gita, considerado pelos mestres como a essência do conhecimento védico, que retrata um diálogo entre Krishna e seu discípulo Arjuna, na famosa batalha de Kurukshetra. Sua vida está dividida em três fases:
  •           Krishna nasceu em uma prisão em Mathura, onde seus parentes foram presos por um demônio que tomou o lugar de um rei chamado Ugrasena. Ele nasceu á meia noite do oitavo equinócio do Bhadrapada (Agosto/Setembro) e foi trazido pata Vrindavan por Vasudeva (pai de Krishna) na mesma noite. Foi criado por uma família de pastores de vacas de Yashoda e Nanda Raja. O menino cresceu sendo pastor de vacas.
  •            Jovem, então, conquistou todas as garotas da vila com sua boa aparência, charme e atenção. Apesar de Radha ser sua favorita, ele flertou com as outras gopis também. Em Brajbhoomi encontrou Radha pela última vez.
  •            Já, adulto, Krishna passou seu reinado no nordeste da Índia. É narrado no Mahabharata, que ele ajuda Arjuna, servindo como seu condutor de carroça e auxiliando-o em uma guerra para restituir seu direito de reinar. Assim, durante uma noite antes da batalha decisiva, Krishna e Arjuna tiveram uma longa conversação a respeito da natureza do dharma e do cosmos. No final ele se mostra a Arjuna como Vishnu. A história é narrada nos templos de Vishnu e no festival anual de Ras Lila.

sábado, 10 de dezembro de 2011

RAMAYANA

      
         
          Valmiki Rishi (rishi = sábio) vivia nos Himalayas executando severas austeridades em meditação. Chegou a um ponto em que todo o seu corpo foi envolvido por um formigueiro, mas isso não incomodou o asceta, que, mantinha-se indiferente a esses desconfortos que afligiam seu corpo. Devido à sua austeridade e concentração, ele chamou a atenção dos semi-deuses, que pediram ao semi-deus Indra que o visitasse e descobrisse o propósito de sua meditação, visto que ele já influenciava todo o planeta com sua meditação.
          Indra compareceu à presença de Valmiki. Após trocarem reverências, Indra indagou a Valmiki qual seu propósito em executar austeridades tão severas. Valmiki informou a Indra que desejava obter todo o conhecimento dos Vedas. Indra apontou para ele três montanhas ao longe, depois pegou três punhados de terra do solo e explicou a Valmiki Rishi que as montanhas eram como os Vedas e os punhados de terra eram como o conhecimento obtido até então pelo sábio.
           Certamente que é impossível para alguém conhecer todo o conteúdo dos Vedas, mas que Valmiki (com o pouco que aparentemente sabia) já era comparável com a  maioria dos grandes rishis ou sábios. Melhor seria parar de meditar e começar o ensino dos Vedas para o benefício das pessoas em geral, pois ele já tinha suficiente conhecimento obtido em suas três vidas anteriores. Assim Valmiki, em obediência a Indra, desceu os Himalayas e fundou seu ashram (eremitério ou mosteiro), ou ainda, sua academia de ensino aos pés dos Himalayas, onde compartilhava o conhecimento védico com seus alunos, dos quais Bharadwaja era o mais íntimo e se tornaria o mais famoso dentre seus discípulos.
          Valmiki Rishi é conhecido como o Adi-kavi (Poeta Primordial), pois foi ele o primeiro a compor toda uma narrativa épica na forma de versos. Como um grande sábio, Valmiki Rishi tinha seu mosteiro próximo ao Rio Tamasa, num local de colinas e florestas verdejantes, não muito distante do Sagrado Ganges, onde vivia, cultivava e ensinava o conhecimento dos Vedas juntamente a seus discípulos. Devido à sua pureza e ascese um dia ele foi visitado também pelo Grande Sábio Narada Muni, que é uma personalidade tão exaltada, que pode viajar por todo o Universo Material, bem como nos infinitos Universos da Esfera Espiritual. 
          
          Narada Muni é o Sábio Santo que viaja em todas as esferas da  criação, ensinando e cantando as glórias do Senhor Supremo, motivado pela compaixão à todas as entidades viventes e impulsionado pelas ondas sonoras produzidas por seu instrumento musical, a Vina.
Após receber dignamente o grande Narada e prestar-lhe as devidas reverências, Valmiki propôs-lhe a seguinte pergunta.
          "Meu querido e reverenciado Narada, ó maior entre os sábios, diga-me por favor, - Quem é aquele que (possivelmente) pode ser pleno de todas as virtudes nesse mundo ? Que é possuidor de toda perícia e conhece o que é correto? Que é consciente acerca dos deveres e responsabilidades a serem executados, veraz em seu falar e firme em suas resoluções? Quem é essa pessoa que seja correto em sua conduta, que tenha todo o conhecimento, que seja amigo e amável para com todos os seres vivos, e que, ao mesmo tempo seja poderoso e de aparência extremamente louvável? Que seja cheio de esplendor, e adorado até pelos deuses? Por favor, Eminente Sábio Narada, humildemente eu peço, fale-me dessa pessoa, se é que ela possa existir . . ."
          O Grande Sábio Narada Muni, que possui conhecimento sobre Toda a Verdade, e que está além do nascimento e da morte, ao ouvir os apelos de Valmiki Rishi, em grande deleite espiritual falou as seguintes palavras: "Ouça, Ó Melhor entre os Ascetas, considerando seu apelo, eu descreverei com alegria sobre as glórias desse herói. Alegre-se em ouvir de mim, sobre tal Pessoa, dotado de todas essas múltiplas e raras qualidades que você acabou de descrever . . . Existe (sim) um descendente da Dinastia do grande Iksvaku, conhecido por todos pelo nome de Rama. Ele controla sua mente por completo, é poderoso, radiante e determinado, possui o conhecimento sobre todas as Ciências, é conhecedor dos Vedas e do propósito dos Vedas, é justo, nobre, benevolente e o melhor amigo de todos os seres viventes. Ele mantém todos os universos, é belo, forte e poderoso, é uma réplica de Sri Vishnu; ainda assim, Ele é muito simples e seu sorriso encanta a todos, pois Ele é inigualável e inesquecível, para todos que O conhecem . . ."
          E assim, o Grande Sábio Narada Muni, contou ao Sábio Valmiki Rishi sobre a vida e extraordinários feitos de Sri Rama. Depois disso, Narada Muni terminou sua narrativa, recebeu as devidas reverências de Valmiki, abençoou-o e desapareceu tão de repente como se fosse o flash de um relâmpago, numa tempestade sobre o mar.
            Passados alguns dias, o sábio se caminhava com seus discípulos ao Rio Tamasa, para fazerem suas abluções, orações, meditarem e tomarem seus banhos matinal; descendo pelas margens do rio, foram até uma cachoeira, onde as águas eram límpidas como a mente de um rishi. Lá, Valmiki contemplava a beleza da natureza local quando avistou um casal de pássaros animados no galho de uma frondosa árvore, prestes a copular, em pleno fogo da paixão.  Neste momento, um membro de uma tribo primitiva, lançou sua flecha atingindo em cheio o macho, que caiu ruidosa e mortalmente ferido ao chão. A fêmea deu um grito de lamento e tristeza ao ver seu parceiro caído, peito dilacerado, dando seu último suspiro. Valmiki estava chocado com a crueldade do caçador, pois as aves estavam felizes, na expectativa de iniciarem uma família. Por isso o Rishi pronunciou as seguintes palavras: "Que você, ó mais baixo dos homens, não tenha paz em sua mente até o final dos tempos. Sua crueldade é tão grande, pois você foi capaz de matar uma das aves, no exato momento em que estavam tomadas pela felicidade e paixão". Imediatamente Valmiki, que era um sábio auto-controlado, maravilhou-se de que ele próprio tivesse proferido tais palavras. Então, com o propósito de minimizar uma possível maldição, ele confidenciou aos seus discípulos: "O que eu acabei de falar, é apenas o exemplo de uma estrofe poética, construída segundo a métrica de oito linhas e que pode ser recitada de forma melodiosa, não devendo, portanto, ser entendido como nada além disso". 
              Pouco depois, o Senhor Brahma, o engenheiro criador do Universo, visitou o eremitério do Rishi Valmiki que o recebeu com grande reverência e emoção. Após observar as regras de etiqueta prescritas nas Escrituras para a recepção de grandes personalidades espirituais, Valmiki, abençoado pelo Senhor Brahma, narrou o episódio sobre as aves e de seu receio em ter amaldiçoado um caçador ignorante. O Senhor Brahma sorrindo falou-lhe as seguintes palavras: "Oh jóia entre os eremitas, não mais pense sobre isso. Asseguro-lhe que nada acontecerá àquele caçador. Que a estrofe que você proferiu, seja utilizada como modelo para que você descreva as glórias do divino Senhor Rama, exatamente como você ouviu do Grande Narada Muni. Eu lhe dou o poder para que toda a gloriosa vida do Senhor Rama seja revelada em sua mente, e que tudo que você escreva seja a mais pura expressão da verdade. E que isso seja para o benefício de toda a humanidade e perpetue a sua glória, ó melhor dos videntes."
              Assim o grande Rishi Valmiki, tomou como o dever de sua vida escrever em forma poética o Ramayana, o grande épico composto em 24.000 slokas (versos), distribuídos em 7 skandas (livros), escrito em Sânskrito, utilizando uma linguagem refinada, de um lirismo dos mais sublimes e que narra a gloriosa e divina presença do Senhor Ramachandra, descrito como a própria encarnação de Sri Vishnu. Valmiki Maharishi (maha = grande, rishi = sábio) estava constantemente ocupado em compor os 24.000 versos que descrevem as glórias do Senhor Ramachandra.

         

MEDICINA AYURVÉDICA - DOSHAS





         

          O dosha Vata, espaço e ar, é frio, leve, seco, móvel e rápido, atua principalmente nas funções excretória e nervosa. No tubo digestivo localiza-se no intestino grosso. Vata desequilibrado ou patológico gera um quadro clínico relacionado ao aumento de espaço e ar (movimento) no nosso corpo físico: secura, frio, perda de peso, inquietação, gases, prisão de ventre, ansiedade, medos, depressão e insônia. Algumas doenças relacionadas ao dosha Vata: fibromialgia, artrose, dores em geral, problemas de coluna, cefaléia, constipação, flatulência, colite, síndrome do intestino irritado, síndrome bipolar, doença de Parkinson, demência senil.
            O dosha Pitta, fogo e água, é quente, moderado e oleoso ( úmido), atua principalmente na função metabólica e digestiva. No tubo digestivo localiza-se no estomago e duodeno ( intestino delgado). Pitta desequilibrado ou patológico promove um quadro clínico relacionado ao aumento de fogo e água ( calor e umidade) no nosso corpo físico: azia, queimação abdominal, fezes soltas, calor no corpo, aumento da sudorese ( suor), pele sensível e vermelha, olhos vermelhos, irritabilidade e agressividade. Algumas doenças que podem estar relacionadas ao dosha Pitta: gastrite, ulcera digestiva, regurgitação, diarréia, hepatite, inflamações, acne, crises de fúria e ciúmes, climatério e menopausa, enxaqueca e estresse exacerbado.
            O dosha Kapha, água e terra, é pesado, oleoso ( úmido), frio e lento, atua na função estrutural e de lubrificação dos tecidos. Kapha desarmônico ou patológico gera um quadro clínico relacionado ao aumento de água e terra no nosso corpo físico: peso corporal aumentado, lentidão, preguiça, oleosidade, secreções, embotamento mental. As doenças que podem estar relacionadas ao dosha Kapha: obesidade, diabetes, aumento do colesterol, bronquite, sinusite, tosse com secreção, alergias respiratórias, lentidão em todas as funções físicas e mentais e apego exacerbado.




          O Ayurveda é uma medicina complexa e completa e utiliza diversas ferramentas terapêuticas para equilibrar os doshas: massagem ayurvedica, óleos medicinais, dieta, rotina diária de hábitos saudáveis, oleação e sudação ( purvakarma), fitoterapia ( uso terapêutico das plantas medicinais), terapias purificadoras ( panchakarma), medicamentos com metais, minerais e pedras preciosas ( rasa shastra), recomendação de atividade física, prática de yoga e meditação.
             Descubra o seu dosha: 

domingo, 4 de dezembro de 2011

KASHMIR


         
          A Caxemira é uma região do norte do subcontinente indiano, hoje dividida entre a Índia e o Paquistão. Uma parte foi anexada pela China. O termo "Caxemira" (pode significar, "terra sem água" ou terra desidratada, Ká = água e Shimeera = secar) descrevia historicamente o vale ao sul da parte mais ocidental do Himalaia. Politicamente, no entanto, o termo "Caxemira" descreve uma área muito maior, que inclui as regiões de Jammu, Caxemira e Ladakh. O nome Caxemira tornou-se sinónimo de tecido da alta qualidade, devido à lã de caxemira produzida a partir das cabras nativas.
           Atualmente localizada no norte do subcontinente indiano, a Caxemira é disputada por Índia e Paquistão desde o fim da colonização britânica. As tensões na região têm início com a guerra de independência, em 1947, que resulta no nascimento dos dois Estados - a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, muçulmano. Segundo uma resolução da ONU datada de 1947, a população local deveria decidir a situação política da Caxemira por meio de um plebiscito acerca da independência do território. Tal plebiscito, porém, nunca aconteceu, e a Caxemira foi incorporada à Índia, o que contrariou as pretensões do Paquistão e da população local - de maioria muçulmana - e levou à guerra de 1947 a 1948. O conflito termina com a divisão da Caxemira: cerca de um terço fica com o Paquistão e o restante com a Índia.



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